Porque “não enxergo” com meus óculos novos??

Às vezes nossos óculos parecem “fazer parte” de nós mesmos, de tão acostumados que estamos com eles. E essa é a palavra certa: acostumados, porque pode ser até que o grau já não seja mais o correto, ou que a estrutura esteja “torta”, mas o nosso olho se adequa, o cérebro faz lá suas compensações, mas tudo bem, estamos felizes (acostumados!) com eles.

Porém, depois de uma consulta regular, chega o dia de trocar os velhos óculos. Definimos o tipo de lente, experimentamos uma infinidade de armações até encontrar “aquela”, aguardamos com expectativa o dia da estreia e aí, quando o colocamos os novos óculos no rosto, vem uma sensação de incômodo misturada com a frustação de “não estar enxergando”.

Essa é uma situação muito comum. Claro que pode ter havido um erro técnico, mas na maioria dos casos o que acontece é que os olhos (e o cérebro!) ainda não estão “acostumados” às novas lentes e à armação “certinha”, ajustada com precisão de décimos de milímetros, e “estranha” o que seria o correto. Por isso, quase sempre é preciso um período de adaptação, ainda mais importante nos casos em que se começa a usar lentes multifocais pela primeira vez. 

Mas, assim como é preciso ter consciência da necessidade dessa adaptação natural, também é preciso ficar atento à possibilidade de existir, realmente, algum erro: se, passados por volta de 15 dias, o incômodo persistir, é obrigação da óptica fazer uma revisão completa de todo o processo. Às vezes até mesmo um pequeno detalhe, como a “inclinação” das lentes em relação ao rosto, pode fazer toda a diferença.

Os óculos novos precisam, necessariamente, acrescentar qualidade de visão e de vida. O correto é, passado pouco tempo de uso, se estar tão acostumados com eles que, ao colocar os óculos antigos, pensar: “Mas como eu conseguia enxergar com esses óculos??”